O NOSSO
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Jogos Didáticos
Vem testar os teus conhecimentos nos jogos que temos preparados para ti.
Vem conhecer a biodiversidade presente na ria/estuário, será que a consegues descobrir nesta sopa de letras?
Aprende a fazer Nós
O nosso instrutor de vela vai-te mostrar como fazer todos os nós de marinharia que precisas para navegar.
PROFISSIONAIS DO MAR
Entrevistas
1 – Nome e idade:
Frederico Cerveira.
2 – Profissão:
Engenheiro Naval.
3 – Descrição da sua profissão:
A engenharia naval dedica-se ao projeto, construção e manutenção de embarcações ou outras infraestruturas marítimas.
4 – Há quanto tempo é um profissional desta área?
Trabalho na engenharia naval há 10 anos.
5 – Porque escolheu ter esta profissão?
Em criança aprendi a andar de barco à vela e comecei a participar em regatas. Para conseguir navegar mais rápido e ter melhores resultados, é importante compreender a física das forças do vento nas velas e da água no casco. Também imaginei que seria divertido construir barcos, e até poderia construir um barco à vela para eu próprio viajar. Assim, estas foram as motivações que me levaram a querer aprender mais sobre engenharia naval.
6 – O que acha mais interessante na sua profissão?
O mais interessante é o desafio de construir algo novo ou melhor. Eu gosto particularmente de imaginar os barcos a navegar.
7 – Que desafios enfrenta?
Atualmente todos nós enfrentamos o desafio da sustentabilidade, e a engenharia naval não é exceção. É muito importante desenvolver sistemas de propulsão mais ecológicos para os navios de transporte de mercadorias, sendo possível que os navios do futuro voltem a utilizar o vento e as velas como fonte de propulsão, em conjunto com motores a combustão ou elétricos. Também existe a preocupação de desenvolver e aplicar materiais mais ecológicos na construção das embarcações.
8 – Qual a sua memória mais feliz a trabalhar?
Penso que a minha memória mais feliz como engenheiro naval, foi quando a primeira embarcação projetada e construída por mim começou a flutuar.
1 – Nome e idade:
Joana Castro.
2 – Profissão:
Bióloga Marinha.
3 – Descrição da sua profissão:
O meu trabalho é estudar o comportamento de cetáceos, baleias e golfinhos, na costa Algarvia. Conjuntamente com a minha associação, AIMM, pretendemos criar medidas para a conservação destes animais e do seu habitat.
4 – Há quanto tempo é um profissional desta área?
Trabalho com mamíferos marinhos e educação ambiental há 20 anos, desde o meu primeiro trabalho como guia ambiental no Jardim Zoológico de Lisboa.
5 – Porque escolheu ter esta profissão?
Cresci encantada com as histórias do meu avô sobre o mar e aos 10 anos, vi os meus primeiros golfinhos selvagens, e foi neste momento que nasceu a vontade de proteger estes animais.
6 – O que acha mais interessante na tua profissão?
Cada animal ou grupo de animais que encontro no mar significa sempre um momento único e especial, onde consigo observar comportamentos diferentes e ver como são inteligentes estes animais.
7 – Que desafios enfrenta?
A área da biologia marinha é muito competitiva, sendo por vezes muito difícil alcançar os nossos objectivos.
8 – Qual a sua memória mais feliz a trabalhar?
A minha memória mais feliz foi quando vi a minha primeira baleia. Estava num barco de investigação muito pequenino, com outros colegas, quando uma baleia vem à superfície mesmo junto a nós. Conseguimos sentir o vento e os pingos do sopro da baleia e ainda hoje lembro-me tão bem do cheiro distinto desse momento.
1 – Nome e idade:
Pedro Cardoso.
2 – Profissão:
Tripulante de Embarcação Salva Vidas.
3 – Descrição da sua profissão:
A minha profissão consiste em comandar a embarcação salva-vidas em todas as condições de tempo e de mar em todas as missões de busca e salvamento, assistência a banhistas e sinistros marítimos no mar e na orla costeira.
4 – Há quanto tempo é um profissional desta área?
Há 25 anos.
5 – Porque escolheu ter esta profissão?
Por influência do meu pai, e depois pelo gosto e adrenalina de salvar vidas e ajudar o próximo.
6 – O que acha mais interessante na sua profissão?
O mais interessante da minha profissão acaba por ser o saber que somos a última esperança de quem precisa de auxílio no mar.
7 – Que desafios enfrenta?
Diariamente enfrentamos os mais diversos desafios, mas o maior de todos e que merece o nosso maior respeito é a força do mar. Nós vamos para o mar quando todos de lá querem sair, logo este é o nosso maior desafio, enfrentar o mar e cumprir a missão com sucesso regressando todos sãos e salvos para juntos dos nossos.
8 – Qual a sua memória mais feliz a trabalhar?
Quando se trabalha por gosto e amor ao que se faz, todas as memórias dos dias de trabalho são felizes, temos é ao contrario, dias menos felizes em que o final da missão por força maior não é o que mais desejamos, mas orgulho-me de dizer que em 25 anos de serviço são mesmo muito raros esses dias e essas memórias.
Na nossa profissão o que nos marca são os dias negativos, não os positivos.
Nome e idade:
Sandra Alves, 42 anos.
Profissão:
Peixeira.
Descrição da sua profissão:
Sou comerciante de vendas, vendo peixinho e marisco fresco numa banca na praça e também faço venda ambulante numa carrinha toda equipada, que cumpre todas as regras.
Há quanto tempo é um profissional desta área?
Cresci no mundo do peixe mas só há cerca de 4 anos é que estou no negócio próprio.
Porque escolheu ter esta profissão?
Escolhi esta profissão devido aos meus avós que eram peixeiros na zona da Nazaré, resolvi sê-lo também com muito orgulho.
O que acha mais interessante na sua profissão?
Lidar com o público. Ganho um carinho especial com todos os clientes, muitos me tratam como da família e isso é muito gratificante.
Que desafios enfrenta?
Na venda ambulante enfrento o frio, a chuva de inverno e os grandes calores no verão… Subir montes… Furar pneus… Tudo para aqueles velhotes que raramente saem de casa, muitos nem família têm. Tenho muitos clientes assim sozinhos. Adoram quando lá chego e eu também.
Foi por pessoas assim que resolvi fazer venda ambulante. É um privilégio para mim servir todos os meus queridos e amigos “clientes”. Somos uma grande família, é assim que nos vejo.
Qual a sua memória mais feliz a trabalhar?
Sinto-me muito feliz a vender o meu peixinho, especialmente quando eles me dizem “minha querida peixeirinha aquele peixinho estava tão bom…“.